sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Isso (Es/Ça) virou poesia


Onde ficaram aqueles dias?
Posso ouvir o som, ver os sorrisos, mas há uma mancha no céu.
Porque desta forma? Porque antes?

As flores agora choram,
Os lábios choram, as letras choram.
Onde estava?

Onde estão aqueles dias?
Deixei em algum lugar, esqueci.
Como o tic tac do relógio...

A memória esquece e lembra,
Esquece e lembra,
Esquece e lembra.

Lembrar traz aqueles dias de volta.
Recordações são mentiras,
Mentiras das mais preciosas.

Como este texto, irá sumir,
Mas ficará na memória,
Como um fim, fim, fim, fim, fim. (tic) (tic) (tic) (tic)


...Começo (tac)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013







Eu não dizia. Como as palavras poderiam...?
Nem mesmo eu sabia. Cada verso escapava em forma de agonia.
Restos de uma noite fria que se esgueiravam por detrás de cada linha.
As palavras disseram uma vez e hoje ainda eu ouvia:
"O ponteiro do tempo devora enquanto gira".
Mas como eu poderia, neste eterno vazio,
Escrever o que de fato eu sentia.
Assim o silêncio me ensinou que por mais que eu quisesse
Nunca conseguiria. E mais uma vez eu tentaria
Colocar a dor em poesia e o amor em um ato de melancolia