quinta-feira, 10 de janeiro de 2013







Eu não dizia. Como as palavras poderiam...?
Nem mesmo eu sabia. Cada verso escapava em forma de agonia.
Restos de uma noite fria que se esgueiravam por detrás de cada linha.
As palavras disseram uma vez e hoje ainda eu ouvia:
"O ponteiro do tempo devora enquanto gira".
Mas como eu poderia, neste eterno vazio,
Escrever o que de fato eu sentia.
Assim o silêncio me ensinou que por mais que eu quisesse
Nunca conseguiria. E mais uma vez eu tentaria
Colocar a dor em poesia e o amor em um ato de melancolia

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