Era um labirinto sem fim, ultima Thule.
Nele eu nasci, cresci, vagando por suas ruas, esgueirando
pelos cruzamentos.
Crescido, acostumei com uma dúzia das mesmas paredes,
Estabeleci, para mim, um lugar conhecido.
Com o tempo o conhecido se tornou único, o labirinto se
tornou caminho,
As paredes um abrigo. Encerrado nestas paredes, encontrei o
fim.
Não era mais um labirinto, muito menos "sem fim",
tudo se tornou conhecido.
Não mais vagava, mas andava firme. Passei a numerar as
paredes, cada uma com um significado muito próprio. A 2 era o lugar do repouso,
a 5 do lazer.
O corredor 4 levava à entrada e o 3 à saída.
Com o tempo experimentava certa alegria.
As paredes se tornaram uma casa. Vivendo nestas paredes,
encontrei o fim.
Era um dia comum, passeava por minha morada, já não
precisava mais prestar atenção por onde andava.
Distraído, tropecei em um pensamento, me deparei com um
cruzamento.
Avancei, não era a 6 ou a 2. Comecei a vagar, rua após rua.
Era um labirinto sem fim, como poderia ter esquecido?
As paredes se tornaram partes das ruas, nada mais conhecido,
não havia mais começo, não havia mais fim.
Era um labirinto sem fim, ultima Thule.
Nele eu nasci, cresci, vagando por suas ruas, esgueirando
pelos cruzamentos.
Crescido, acostumei com uma dúzia das mesmas paredes,
Estabeleci, para mim, um lugar conhecido.
Com o tempo o conhecido se tornou único, o labirinto se
tornou caminho,
As paredes um abrigo. Encerrado nestas paredes, encontrei o
fim...
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