No escuro dos olhos, um lampejo.
Como uma tempestade, brilha no céu um raio intenso.
A boca molhada pelo beijo.
Destes mesmos olhos que dormiam no tempo,
Desperta a fagulha de um desejo.
A chuva ainda cai, a água leva os sentimentos,
Não mais saberia da aridez,
Não mais veria a solidão e seus rebentos.
Desperto mais uma vez.
E na loucura deste enredo,
Custo a acreditar que neste breve segundo,
Depois de tantos anos em segredo,
Ainda caio nas armadilhas deste coração moribundo.
Mas o que seria da alegria se não fosse o medo...
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