Sou chama que inflama a pele,
Sou onda que rebenta no cais,
Sou raiva que rasga e repele,
No fim, sou o início do “nunca mais”.
A cada tempo que toca (agonia)
Me sinto mais sedento e mais voraz.
Ah, se ao menos eu soubesse o que viria...
Sentado, não esperaria pelos presentes angelicais.
Sou simples, sou sutil,
Só nos sonhos alcanço a paz.
Lá reino a ruína de um país vil.
Tonto pela possibilidade do eterno ser capaz.
Mas acordo com a corda no pescoço.
Cai o castelo de horas atrás.
A rima retorna pro esboço.
Então, aquele que sou já não sou mais...
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